O leque tem na China uma história muito antiga. O seu uso remonta pelo menos – supõem os arqueólogos – ao neolítico.
Jà nas primeiras descobertas podemos ver os abanos de cabo comprido, gravados em objectos de bronze dos Estados Combatentes (475-221 a.c.) e do período Zhou do Este (770-256 a.c.). Numa tumba do distrito de Jiangli foram encontrados restos de um leque de plumas com cabo de madeira.
No que respeita o seu uso, ele era manejado pelos servos para dar frescura aos seus amos e resguardá-los dos raios solares. Em muitos casos eram símbolos de poder.
Desde finais do período dos Estados Combatentes até à época das dinastias, Han no Este e no Oeste (206-220 a.n.e.), os leques tinham forma curva e eram feitos com finas tiras de bambu. Eram usados pelos servos quando assavam carnes ou extraíam sal e pelos seus senhores para se defenderem dos rigores do sol.
Durante as dinastias Shui e Tang (581-907 d.c.) o leque mais comum era o fabricado de seda. Era conhecido como o Leque Imperial o leque da alegria conjunta e unidade e era feito de finas hastes de bambu e madeira, cobertas com sedas delicadas e transparentes.
No princípio da dinastia Tang os leques eram na maioria redondos ou ovóides, havia-o também hexagonais e octogonais em forma de flores: begónias, girassóis e da ameixoeira. Na poesia clássica podemos ler muitos sentimentos de jovens relacionados com o tema e também diversos registos das expressões sobre as faces dos leques. Sabemos por esta do uso que lhe era dado.
No período das dinastias Song e Yuan (960-1368 d.c.), o leque mais usado era o de seda. Surgiu também um novo tipo – o dobrável – que continua a usar-se até aos nossos dias.
Ainda que este tipo de leque já existisse na época dos Song do Norte, somente alcançou o seu apogeu nas dinastias Ming e Qing (1368-1911 d.c.).
Desde a dinastia Ming o uso do leque de pregas dobrável generalizou-se, primeiro na corte e depois nas outras classes sociais. Ao princípio eram de poucas hastes e depois começaram a ser feitos com maior número e mais finas. Ao imperador agradava oferecer, às suas concubinas e ministros de confiança, leques lindamente decorados e ornados com fios dourados. Os mais correntes eram oferecidos aos funcionários da corte.
De acordo com o gosto dos cortesãos, literatos e pintores, os leques de pregas foram convertidos em refinadas obras de arte. Como materiais eram usados desde o bambu ao sândalo, carapaça de tartaruga até ao ouro, o jade e o marfim. Os literatos preferiam os leques de hastes de bambu talhado.
Desde a dinastia Ming até à actualidade, surgiram numerosos artistas famosos pelo seu trabalho no talhar das hastes de bambu com motivos variados: paisagens, flores, pássaros, animais, desenhos de telas e retratos e caligrafias.
A cobertura do leque transformou-se num espaço onde pintores e calígrafos podiam mostrar seu talento e habilidade.
As coberturas de pregas podiam ser de papel ou seda, sendo as primeiras as mais usadas. A maioria dos pintores e calígrafos gostavam de desenvolver o seu talento neste espaço limitado, mediante poemas ou outros tipos que exprimissem os seus sentimentos.
Alguns leques decorados por calígrafos e pintores das dinastias Ming e Qing – Tang Bohu, Zheng Banqiao, Ren Bonian – converteram-se em autênticos tesouros.
Entre os artistas comtemporâneos destacam-se neste campo: Zhang Daqian, Qi Baishi, Huang Binhong, Fu Baoshi, Li Keran e outros mais.
As funções do leque foram ampliadas com o tempo. Além de servir para refrescar ou espantar moscas e mosquitos, serve também como instrumento cerimonial, na decoração dos salões e como adorno pessoal. É também um objecto estético de grande preferência dos coleccionistas e faz parte do guarda-roupa de alguns artistas de cena. É tema de inspiração para poetas e escritores.
Na realidade o leque constitui já uma das manifestações da cultura chinesa. A sua arte é única: de plumas, de seda, de papel, de bambu, de palma, de jade. Também os há de marfim finamente rendilhado, assim como de aromática madeira de sândalo.
Cada região tem o seu próprio e inconfundível estilo. Assim – entre outros – são muito famosos os leques de Suzhou, os de Shexián, os de Sichuan e os de Hangzhou.
Jà nas primeiras descobertas podemos ver os abanos de cabo comprido, gravados em objectos de bronze dos Estados Combatentes (475-221 a.c.) e do período Zhou do Este (770-256 a.c.). Numa tumba do distrito de Jiangli foram encontrados restos de um leque de plumas com cabo de madeira.
No que respeita o seu uso, ele era manejado pelos servos para dar frescura aos seus amos e resguardá-los dos raios solares. Em muitos casos eram símbolos de poder.
Desde finais do período dos Estados Combatentes até à época das dinastias, Han no Este e no Oeste (206-220 a.n.e.), os leques tinham forma curva e eram feitos com finas tiras de bambu. Eram usados pelos servos quando assavam carnes ou extraíam sal e pelos seus senhores para se defenderem dos rigores do sol.
Durante as dinastias Shui e Tang (581-907 d.c.) o leque mais comum era o fabricado de seda. Era conhecido como o Leque Imperial o leque da alegria conjunta e unidade e era feito de finas hastes de bambu e madeira, cobertas com sedas delicadas e transparentes.
No princípio da dinastia Tang os leques eram na maioria redondos ou ovóides, havia-o também hexagonais e octogonais em forma de flores: begónias, girassóis e da ameixoeira. Na poesia clássica podemos ler muitos sentimentos de jovens relacionados com o tema e também diversos registos das expressões sobre as faces dos leques. Sabemos por esta do uso que lhe era dado.
No período das dinastias Song e Yuan (960-1368 d.c.), o leque mais usado era o de seda. Surgiu também um novo tipo – o dobrável – que continua a usar-se até aos nossos dias.
Ainda que este tipo de leque já existisse na época dos Song do Norte, somente alcançou o seu apogeu nas dinastias Ming e Qing (1368-1911 d.c.).
Desde a dinastia Ming o uso do leque de pregas dobrável generalizou-se, primeiro na corte e depois nas outras classes sociais. Ao princípio eram de poucas hastes e depois começaram a ser feitos com maior número e mais finas. Ao imperador agradava oferecer, às suas concubinas e ministros de confiança, leques lindamente decorados e ornados com fios dourados. Os mais correntes eram oferecidos aos funcionários da corte.
De acordo com o gosto dos cortesãos, literatos e pintores, os leques de pregas foram convertidos em refinadas obras de arte. Como materiais eram usados desde o bambu ao sândalo, carapaça de tartaruga até ao ouro, o jade e o marfim. Os literatos preferiam os leques de hastes de bambu talhado.
Desde a dinastia Ming até à actualidade, surgiram numerosos artistas famosos pelo seu trabalho no talhar das hastes de bambu com motivos variados: paisagens, flores, pássaros, animais, desenhos de telas e retratos e caligrafias.
A cobertura do leque transformou-se num espaço onde pintores e calígrafos podiam mostrar seu talento e habilidade.
As coberturas de pregas podiam ser de papel ou seda, sendo as primeiras as mais usadas. A maioria dos pintores e calígrafos gostavam de desenvolver o seu talento neste espaço limitado, mediante poemas ou outros tipos que exprimissem os seus sentimentos.
Alguns leques decorados por calígrafos e pintores das dinastias Ming e Qing – Tang Bohu, Zheng Banqiao, Ren Bonian – converteram-se em autênticos tesouros.
Entre os artistas comtemporâneos destacam-se neste campo: Zhang Daqian, Qi Baishi, Huang Binhong, Fu Baoshi, Li Keran e outros mais.
As funções do leque foram ampliadas com o tempo. Além de servir para refrescar ou espantar moscas e mosquitos, serve também como instrumento cerimonial, na decoração dos salões e como adorno pessoal. É também um objecto estético de grande preferência dos coleccionistas e faz parte do guarda-roupa de alguns artistas de cena. É tema de inspiração para poetas e escritores.
Na realidade o leque constitui já uma das manifestações da cultura chinesa. A sua arte é única: de plumas, de seda, de papel, de bambu, de palma, de jade. Também os há de marfim finamente rendilhado, assim como de aromática madeira de sândalo.
Cada região tem o seu próprio e inconfundível estilo. Assim – entre outros – são muito famosos os leques de Suzhou, os de Shexián, os de Sichuan e os de Hangzhou.
2 comentários:
qual é a origem do leque no tai chi chuan, arte marcial chinesa?
Gosto muito de leques, tenho vários mas os de que mais gosto são os de madeira de sândalo e os que menos me atraiem são os de plástico, ainda que por vezes apresentem desenhos bonitos.
Conheci em Macau uma lenda sobre o leque que não vejo mencionada em nenhuma história sobre os mesmos.
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