quarta-feira, 27 de maio de 2020

China Art Gallery - Relógio de Água de Yuan Ming Yuan

Relógio de Água com os animais do Zodíaco Chinês - Palácio de Verão em Pequim, Yuan Ming Yuan... A foto que anunciou a morte do multimilionario Chinês (Português) Stanley Ho lembrou-me o célebre relógio de água construído pelo Jesuíta Português, Miguel Bento, num pátio do Summer Palace nos arredores de Beijing, que fazia as delícias do imperador Qianlong ao fazer jorrar água pela boca dos doze animais do zodíaco chinês...
Essa fonte terá sido destruída e as cabeças dos animais roubadas aquando da invasão do palácio pelas tropas anglo-francesas na guerra do ópio, há mais de século e meio... Entretanto ao apelo do Governo Chinês as cabeças foram aparecendo e sendo devolvidas. A do cavalo Ma Shou por Stanley Ho numa operação que lhe custou HK$69,1 em 2007, quando em 2003 havia já doado a cabeça do porco.
A Ma Shou (cabeça de cavalo) tive a oportunidade de a ver exposta no Grand Lisboa Casino. Por curiosidade convido-vos a ler a página do livro 500 Anos de Contactos Luso-Chineses (Fernando Correia de Oliveira - Público/Fundação Oriente) aqui fotografada, mas o livro conta e desvenda muito mais coisas... uma boa sugestão para este verão! in chinasweetchina.blogspot.com by João Carlos Breda

China Art Gallery - Carpa Vermelha - Sinal de Boa Sorte

Na cultura oriental e em especial na Chinesa as carpas vermelhas estão ligadas à boa sorte, prosperidade, sabedoria, resistência... Os chineses constroem lagos nos jardins das suas vivendas ou fábricas, onde criam carpas... na impossibilidade de um lago optam por um aquário onde elas possam nadar... Visitar um parque ou jardim na China tem sempre como atração principal os lagos onde milhares de carpas vermelhas, douradas e brancas se mostram aos visitantes e escancaram suas bocas na expectativa que uma dádiva lhe caia do céu! Na foto um penduricalho com duas carpas vermelhas que me foi oferecido à saída do parque Baomo Garden Panyu (Guangdong).
“Carpa é uma espécie de peixe (Cyprinus carpio) comum na Ásia, África e Europa, mas com origem chinesa. Este animal possui diversos significados míticos na cultura oriental, como um sinal de boa sorte, virilidade, sabedoria e resistência. Também conhecida como koi ou karpa koi, a carpa é criada em tanques há mais de mil anos. Vive também em águas cálidas, de rios de curso lento e de lagos. Se alimentam de pequenos invertebrados que captura no lodo. Algumas espécies de carpa são populares exclusivamente como peixes de ornamentação, sendo mantidas em lagos ou aquários.
Em países orientais, como Japão e China, a carpa significa boa sorte, sucesso, vida longa e perseverança, e é um peixe muito valorizado e respeitado. Existe uma lenda chinesa que diz que a carpa tinha que atingir a fonte do Rio Amarelo, que atravessa todo o continente chinês, na época da desova, tendo que nadar e saltar vales cheios de cascatas até à montanha Jishinhan. A carpa que chegasse até o fim se transformaria em dragão.” Fonte: internet e Wikipedia

China Art Gallery - Caracteres Chineses (escrita)...

Não há dúvida que nos faz confusão tentar ler os caracteres chineses e a frase “isso para mim é Chinês” é muitas vezes dita quando algo para nós não é entendível! A escrita do Chinês é baseada no chinês antigo pictográfico... Fotos anexas: o quadro tem o nome da minha filha ANA... mas não quer dizer que o nome Ana se escreva assim... quando pedi soletrei A-NA e o calígrafo desenhou dois caracteres que representam os sons à e NA! Porconseguinte baseado num fonema o que contraria em tudo a escrita chinesa... para turista vale tudo! As outras são de um livro de poesia considerado o “Road book” do Chinês... comprado em Pequim numa livraria da Qianmen Lu.
Os principais “dialectos” falados na China: Chinês tradicional 漢字 Chinês simplificado 汉字 Pinyin (Mandarim) Hànzì Xangainês Jyutping (Cantonês) Min Nan Chaozhou Hakka Xiang Os caracteres chineses ou caracteres Han (汉字 / 漢字, Hanzi) são logogramas (e não ideogramas) utilizados como sistema de escrita do chinês, japonês, coreano (apenas na Coreia do Sul, e com importância unicamente histórica e/ou cultural) e outros idiomas, como por exemplo o dong. Foram usados na Coreia do Norte até 1949 e no Vietname até o século XVII. Também denominados sinogramas, as suas origens são remotas, possivelmente anteriores à dinastia Shang, no século XIII a.C., quando aparecem os primeiros registros desta escrita, em ossos de animais. Confúcio, por exemplo, faz referência a existência de um sistema de escrita na China anterior a 2000 a.C. É, contudo, difícil traçar a sua história e a sua origem pertencente ao domínio da mitologia chinesa. Os sinogramas são chamados hànzì em mandarim. O sistema de escrita chinês é logográfico, ou seja, os grafemas são logogramas que denotam palavras ou morfemas. A escrita chinesa, em todas suas variantes, é caracterizada pela ausência de um alfabeto. Os logogramas não transcrevem os sons da fala (fonemas), mas significados, e cada grafema pode ser pronunciado de uma forma completamente diferente de acordo com o dialeto. É muito frequente chamar-se, aos logogramas, "ideogramas" ou "hieróglifos". No entanto, os ideogramas representam ideias e não tanto palavras ou morfemas, sendo raros os sistemas de escrita das línguas humanas verdadeiramente ideográficos. Cada grafema isolado é lido como uma sílaba diferente. Quando a palavra tem duas sílabas, cada sílaba que a compõe é representada com um grafema diferente. Apenas uma pequena percentagem do total de sinogramas (outro nome para caracteres chineses) são realmente ideogramas ou pictogramas. Por exemplo: para se representar a ideia de "brilho" combina-se as representações de 日,"sol", e 月,"lua", obtendo-se o ideograma 明. A repetição de um pictograma pode levar à criação de um ideograma. É o caso de 木,"árvore", e de 林“bosque” e 森,“floresta”, criados através da sua duplicação e triplicação, respectivamente. Fonte: Internet wikipedia.

quinta-feira, 21 de maio de 2020

China Art Gallery - O jogo do Go (Xadrez Chinês)...

O jogo de Go - o xadrez chinês... O jogo do Go é um jogo de tabuleiro (mesa) onde dois jogadores jogam alternadamente peças ( botões) pretos ou brancos... começa o jogador que tem as peças pretas. É um jogo popular no oriente e na China muitos jardins tem ja os tabuleiros gravados em mesas bastando os jogadores levarem as pedras (botões)... Tal como o nosso xadrez e mesmo as damas é um jogo de estrategia e armadilhas, como se tratasse de uma guerra!... O livro A Jogadora de Go da escritora chinesa Shan Sa gira à volta do jogo de Go envolvendo os japoneses quando invadiram a Manchuria... muito interessante. A peça em porcelana de Foshan das fotos representam dois jogadores de Go!
“Go, Weiqi ou Baduk é um jogo estratégico de soma zero e de informação perfeita para tabuleiro em que dois jogadores posicionam alternadamente pedras pretas e brancas. Sua origem remonta à antiga China, há cerca de 2.5 mil anos. O jogo é popular no leste da Ásia, mas seu desenvolvimento pela Internet aumentou muito a sua popularidade no resto do mundo. O nome Go se originou da pronúncia japonesa de um antigo caractere 碁 (go), mas no Japão o jogo é chamado de 囲碁 (igo). Em chinês seu nome é 圍棋 (trad.) / 围棋 (simp.), pronunciado wéiqí ou wei-chi, que significa "jogo de cercar [território]". É conhecido como 바둑 (Baduk) na Coreia. É reconhecido como um jogo que envolve grande capacidade estratégica, tendo grande número de praticantes na Coreia, na China e no Japão. Nos Estados Unidos e na Europa existem comunidades significativas, embora longe da expressão dos países onde o jogo é conhecido desde a antiguidade. Em outros lugares, como o Brasil, é praticado basicamente pelos da diáspora asiática e curiosos.
História O Go originou-se na China e suas primeiras referências conhecidas datam do século VI a.C (548 a.C., Zuo Zhuan). Alguns estudiosos acreditam que o tabuleiro tenha evoluído de algum utensílio utilizado para marcar datas e épocas do ano. Uma lenda, no entanto, afirma que o jogo foi criado como um instrumento do imperador Yao (2337 - 2258 a.C.) para educar seu filho Danzhu na disciplina, na concentração e no equilíbrio. Outros acreditam que o jogo tenha sido criado com propósitos divinatórios, para controle de enchentes ou ainda para simbolizar a ordem cosmológica. O jogo também teria sido usado por generais chineses para estabelecer estratégias de guerra. O jogo foi introduzido no Japão em 735 por um monge budista chamado Kibi Dajin,[1] logo tornando-se popular entre as diversas classes sociais. Foi no Japão que suas regras tornaram-se consistentes, sendo também esse o primeiro país a estabelecer um sistema de jogadores profissionais com rankings e classificações. Em 1924, foi fundada no Japão a Nihon Ki-in, uma academia com caráter acadêmico e federativo voltado para a propagação do Go através de torneios e concessão de títulos aos jogadores.” Fonte: Wikipédia e internet

quarta-feira, 20 de maio de 2020

China Art Gallery - Bola da Felicidade...

Bola da Felicidade... bola mistério! Foi das primeiras recordações que comprei na primeira viagem à China 1998 ... para mim ela representava um pouco de tudo o que eu via neste enorme país... a ancestralidade, a arte, o mistério... a oportunidade de descobrir o desconhecido... Hoje guardo-a com carinho e sei que foi como um talismã na abertura das inúmeras portas que desde então ultrapassei... imensamente grato!
“BOLA DA FELICIDADE ou BOLA DE MISTÉRIO ou ainda BOLA DE QUEBRA-CABEÇA Excepcional escultura em marfim do período MINGUO representando divindade com seus atributos num conjunto de bolas concêntricas (provavelmente de quatro a sete camadas) construídas a partir de uma única bola sólida de marfim uma dentro das outras cada uma girando livremente. Bola externa ricamente decorada com figuras de dragões entrelaçados. NOTA: Por séculos, artes chinesas e artesanato foram conhecidos em todo o mundo pela sua incrível beleza e delicadeza. Se fosse possível escolher nesse vasto universo artístico um único objeto que melhor descrevesse a atenção dos chineses aos detalhes certamente seria uma bola de quebra-cabeças de marfim. É definitivamente uma das coisas mais incríveis em termos de habilidade manual. Bolas de quebra-cabeça chinesas são itens decorativos ornamentados que consistem em várias esferas concêntricas, cada uma das quais gira livremente, esculpidas a partir da mesma peça. Estas obras de arte detalhada são normalmente feitas de pelo menos 3-7 camadas, mas a maior bola de quebra-cabeça do mundo é na verdade composta de 42 bolas concêntricas. Embora as bolas interiores possam ser manipulados para alinhar todos os buracos, bolas de quebra-cabeça chineses têm esse nome pelo fato de que as pessoas, através dos tempos, ponderaram o segredo para fazer tais objetos. Mestres chineses giram uma bola sólida em um torno e começam fazendo furos em direção ao centro dos objetos. Em seguida, usando ferramentas especiais, eles começam a separar as bolas do centro da esfera. A ferramenta mais longa tem o cortador vertical mais curto, e a outra menor tem o cortador vertical mais longo. O artesão conduz a ferramenta mais longa para o fundo estreito de cada buraco, por sua vez, rodando-a para cortar a bola livre mais interna. Em seguida, utilizando a segunda mais longa, corta um arco mais largo, que separa a segunda esfera, e assim por diante, a partir do interior para a camada mais externa. A bola exterior é a mais elaboradamente esculpida, geralmente caracterizando dragões interligados e uma Phoenix. Bolas de quebra-cabeça chinês são tão delicadas que só podem ser esculpidas à mão. Mesmo o menor movimento do pulso pode quebrar uma das camadas internas frágeis e arruinar dias de trabalho duro. Bolas de mistério, como são chamados às vezes, são geralmente classificadas como amuletos de boa sorte por causa de suas decorações simbólicas e sua forma de um círculo eterno. As camadas podem simbolizar uma variedade de coisas, desde as quatro direções da bússola para os elementos naturais, enquanto as esculturas sobre a camada mais externa geralmente apresentam o dragão e Phoenix, que correspondem à yin e yang. Diz-se que uma bola de quebra-cabeças decorada com estas duas figuras fortalece o casamento e traz sucesso e prosperidade.”
“Muito antes da invenção do Cubo Mágico a criação de quebra-cabeças e enigmas visuais era bastante conhecida… e artística. Durante séculos, as artes e os ofícios chineses foram conhecidos em todo o mundo por sua delicadeza e beleza incríveis. O que representa isso muito bem é essa bola de quebra-cabeça de marfim antiga.” Fonte: Internet.

China Art Gallery - Escultura em Pedra Sabão

Huā yuèliàng - Lua Florida, escultura em pedra sabão... “Hangzhou, capital da província chinesa de Zhejiang, fica no extremo sul do antigo Grande Canal, que tem início em Pequim. O Lago do Oeste, celebrado por poetas e artistas desde o século IX, compreende ilhas (que podem ser acessadas de barco), templos, pavilhões, jardins e pontes com arcos. Na margem sul encontra-se o Pagode Leifeng, com seus cinco níveis, que é uma reconstrução moderna de um prédio erguido em 975 d.C.” Fotos e texto Wikipédia
Viajar para Xiaoshan, bem perto do Lago XiHu que bordeja Hangzhou, era uma viagem normal quando os negócios floresciam para alguns clientes que me “obrigavam” a viajar para aquelas paragens... nessa altura já não se trabalhava ao domingo o que possibilitava alguns passeios no parque circundante do West Lake, em chinês XiHu...
Numa tarde de calor é bem agradável passear pelos caminhos ladeados de àrvores e canteiros de flores bem tratados, espraiar o olhar sobre o lago adormecido, ver os casalinhos a namorar sentados na relva e apreciar os pássaros, que alheios aos passantes picam aqui e debicam acolá ao som dos seus chilreios... mas surpresa das surpresas quando de repente num bonito relvado nos surgiu um elegante pavão albino e ao chamamento de: “PIAOLIANG - pavão vaidoso!”... nos abriu seu lindo leque como que fazendo a corte à mais bela donzela!... E tão entretidos por ali andávamos que nem demos pelo ocaso e eis que surge uma lua enorme que ladeado pelos arbustos floridos parecia querer rivalizar com a Lua Florida que nessa manhã havia comprado na loja de antiguidades do hotel...

China Art Gallery - Ábaco Chinês - Suánpàn

Ábaco Chinês - Suanpan (a barulhenta máquina de calcular...) A primeira foto é de um Ábaco que trouxe da China e tem aspecto de ser antigo... e há uma história que envolve a sua posse!... Estávamos em Zigong (província de Sichuan) para visitar fundições de ferro... no entanto o tribunal havia encerrado uma das que iríamos visitar porque um dos sócios havia desaparecido com o capital que a banca havia emprestado... diziam que tinha ido para Shanghai investir em negócios imobiliários...era o que estava a dar! O oficial do tribunal acompanhou-nós e entramos nas instalações seladas. Depois de percorrermos todas as áreas de produção passamos por um sala que deveria ter sido um gabinete de projectos, como toda a fábrica estava vazia de móveis e utensílios, que haviam sido vendidos pelo tribunal para pagar à banca e credores... num canto no chão estava este ábaco! Peguei nele e “distraído” trouxe-o comigo! No final todos se riram e a piada foi ele ter vindo comigo!
Ainda sobre o uso do ábaco na China... Numa das minhas estadas em Pequim fui com a Iris almoçar em Sanlitun ao restaurante brasileiro Alameda onde o chefe Thomazini nos presenteou com uma deliciosa feijoada à brasileira... na nossa mesa sentou-se um dos donos, um jovem engenheiro aeronáutico que tinha vindo do Brasil integrado na equipa da Embraer que na China cooperavam para desenvolver o primeiro avião comercial Chinês (?)... durante a conversa confidenciou-nos que sempre que podia fugia da fábrica onde trabalhava em Sheniang para Pequim porque estar dentro de uma sala dias inteiros a ouvir o barulho dos ábacos dos físicos chineses a fazerem os seus cálculos era algo ensurdecedor e irritante! Estávamos já no Século XXI mas a confiança nas máquinas calculadoras digitais não era total... preferiam continuar a usar os Suànpán 算盤!
História Suànpán - A menção mais antiga a um suanpan (ábaco chinês) é encontrada num livro do século I da Dinastia Han Oriental, o Notas Suplementares na Arte das Figuras escrito por Xu Yue. No entanto, o aspecto exacto deste suanpan é desconhecido. Habitualmente, um suanpan tem cerca de 20 cm de altura e vem em variadas larguras, dependendo do fabricante. Tem habitualmente mais de sete hastes. Existem duas bolas em cada haste na parte de cima e cinco na parte de baixo, para números decimais e hexadecimais. Ábacos mais modernos tem uma bola na parte de cima e quatro na parte de baixo. As bolas são habitualmente redondas e feitas em madeira. As bolas são contadas por serem movidas para cima ou para baixo. Se as mover para o alto, conta-lhes o valor; se não, não lhes conta o valor. O suanpan pode voltar à posição inicial instantaneamente por um pequeno agitar ao longo do eixo horizontal para afastar todas as peças do centro. Os suanpans podem ser utilizados para outras funções que não contar. Ao contrário do simples ábaco utilizado nas escolas, muitas técnicas eficientes para o suanpan foram feitas para calcular operações que utilizam a multiplicação, a divisão, a adição, a subtracção, a raiz quadrada e a raiz cúbica a uma alta velocidade. No famoso quadro Cenas à Beira-mar no Festival de Qingming pintado por Zhang Zeduan (1085-1145) durante a Dinastia Song (960–1297), um suanpan é claramente visto ao lado de um livro de encargos e de prescrições do doutor na secretária de um apotecário. A similaridade do ábaco romano com o suanpan sugere que um pode ter inspirado o outro, pois existem evidências de relações comerciais entre o Império Romano e a China. No entanto, nenhuma ligação directa é passível de ser demonstrada, e a similaridade dos ábacos pode bem ser coincidência, ambos derivando da contagem de cinco dedos por mão. Onde o modelo romano tem 4 mais 1 bolas por espaço decimal, o suanpan padrão tem 5 mais 2, podendo ser utilizado com números hexadecimais, ao contrário do romano. Em vez de funcionar em cordas como os modelos chinês e japonês, o ábaco romano funciona em sulcos, provavelmente fazendo os cálculos mais difíceis. Outra fonte provável do suanpan são as pirâmides numéricas chinesas, que operavam com o sistema decimal mas não incluíam o conceito de zero. O zero foi provavelmente introduzido aos chineses na Dinastia Tang (618–907), quando as viagens no Oceano Índico e no Médio Oriente teriam dado contacto directo com a Índia e o Islão, permitindo-lhes saber o conceito de zero e do ponto decimal de mercantes e matemáticos indianos e islâmicos. O suanpan migrou da China para a Coreia em cerca do ano 1400. Os coreanos chamam-lhe jupan (주판), supan (수판) or jusan (주산).

sábado, 16 de maio de 2020

China Art Gallery - DAFEN a cidade dos pintores...

“De Van Gogh a Monet, cerca de 10 mil pintores da cidade de Dafen (Shenzhen), na China, produzem a cada ano cinco milhões de cópias de obras de arte. Nas estreitas vielas, os clássicos são reproduzidas em público.”
Mas isto não quer dizer que só se produzam cópias... os pintores são verdadeiros artistas e poderás comprar um original de autoria de um qualquer pintor ali a trabalhar... Na China quando pensamos decorar a nossa casa e desejamos comprar quadros basta pensarmos o motivo pretendido e irmos navegar nos muitos sites de pinturas dos pintores de Dafen... há para todos os gostos e preços! O quadro que vos mostro nas primeiras fotos, que representa a concubina real embriagada, uma figura célebre da Ópera de Pequim, é um original do pintor 不住我. Na sua exposição tinha centenas de cópias mas não era isso que procurava...
“Dafen é um pequeno subúrbio na cidade chinesa de Shenzhen, situada apenas a 30 km de Hong Kong. Neste bairro trabalham mais de 10 mil pintores que se dedicam a realizar cópias fiéis de quadros famosos para todo o mundo. Ali, artistas escolhidos entre os melhores estudantes das Escolas de Belas Artes da China, produzem cerca de 5 milhões de telas ao ano, mais de 70% de tudo o que é vendido no planeta. Por isso é muito grande a chance que a cópia de um quadro famoso que tenha na sua sala tenha sido pintado em Dafen...” Fonte e fotos: internet.

China Art Gallery - Dragão, olhos de tigre, corpo de serpente, garras de águia... a mitologia chinesa que foi símbolo de imperadores...

Hoje apenas usado para motivos decorativos... como o caso dos castiçais da foto ( Latão de Hebei)... Como o Dragão outro animal mitológico muita vezes representado em pinturas e esculturas é a Fénix...os dois juntos são símbolos do bom Feng Shui... a Fénix auspiciosa para a abundância e prosperidade e o Dragão para a força e determinação... A Fénix... a ave que renasceu das cinzas é também da auto regeneração! No presente a China é associada ao Panda como Animal Nacional.
História “Dragão (long em chinês, yong ou ryong em coreano, e ryu em japonês) segundo a mitologia chinesa, foi um dos quatro animais sagrados convocados por Pan Ku (o deus criador) para participarem na criação do mundo. É enormemente diferente do ocidental, sendo um misto de vários animais místicos: Olhos de tigre, corpo de serpente, patas de águia, chifres de veado, orelhas de boi, bigodes de carpa e etc. Representa a energia do fogo, que destrói mas permite o nascimento do novo. (a transformação). Simboliza a sabedoria e o poder do Império.[1] É representado de várias formas, a mais comum é o dragão de 4 patas, cada uma com 4 dedos para frente e 1 para trás, o dragão imperial, ou carregando uma pérola numa das patas chamada de Yoku (元氣) pela antiga lenda chinesa - "dragão das águas marinhas" A Imagem de um dragão azul preside o leste, o oriente.
O dragão chinês é uma criatura mitológica chinesa que aparece também em outras culturas orientais, e também conhecidos às vezes de dragão oriental. Descrito como longo, uma criatura semelhante a uma serpente de quatro garras, ao contrário do dragão ocidental que é quadrúpede e representado geralmente como mau, o dragão chinês tem sido por muito tempo um símbolo poderoso do poder auspicioso no folclore e na arte chineses. Os dragões chineses controlam a água nas nações de agricultura irrigada. Este é o contraste com o dragão ocidental, que podem cuspir fogo para mostrar o seu poder mítico. O dragão também é a junção do conceito de yang (masculino) e associado com o tempo para trazer chuva e de água em geral. Seu correlativo feminino é Fenghuang. O dragão às vezes é usado no ocidente como um emblema nacional de China. Entretanto, este uso dentro da República Popular da China e da República da China em Taiwan é raro. A princípio, o dragão era historicamente o símbolo do imperador da China. Começando com a Dinastia Yuan, os cidadãos comuns foram proibidos de se associar com o símbolo. O dragão ressurgiu durante a Dinastia Qing e apareceu em bandeiras nacionais. Em seguida, o dragão tem uma conotação agressiva, militar que o governo chinês deseja evitar. É por estas razões que o panda gigante é de longe mais usado com mais freqüência dentro de China como um emblema nacional do que o dragão. Em Hong Kong, entretanto, o dragão é uma marca desta cidade, um símbolo usado para promove-la internacionalmente. Muitos chineses frequentemente usam o termo "descendentes do dragão" (龍的傳人) como um símbolo de identidade étnica. Embora esta tendência tenha começado somente quando diferentes nacionalidades asiáticas procuravam símbolos animais para reapresentações na década de 70. O lobo foi usado entre os mongóis, o macaco entre os tibetanos. Na cultura chinesa atualmente, é mais usado para fins decorativos. É um tabu deformar uma representação de um dragão. Um número de provérbios e de dialetos chineses também caracteriza referências ao dragão, por exemplo: "Esperando o único filho virar dragão" (望子成龍, também é tão bem sucedido e poderoso quanto um dragão).” Fonte: Wikipédia

China Art Gallery - Pauzinhos - "Kuáitzi" ou "Hachi"...

Quando em 1991 fui pela primeira vez ao Oriente, para em Tapei (Taiwan)participar numa feira de Máquinas e Equipamentos Industriais, fiz uma visita a Macau via Hong Kong... uma das maiores dificuldades nessa experiência no “Far East” foi obviamente a alimentação, além dos pratos com condimentos exóticos e muitas vezes sem saber o que comiamos, o uso dos pauzinhos foi um quebra cabeças... Depois... é tudo uma questão de jeito... Eu nunca consegui seguir as indicações de posicionamento dos dedos para com os dois pauzinhos fazer a dita pinça, mas o certo é que arranjei uma técnica e comecei a usá-los com facilidade... As imagens das primeiras fotos mostram os “kuáitzi” no suporte e duas pequenas malgas em porcelana azul e branca emoldurados... foi uma peça comprada numa loja em Tianzifang na zona antiga de Shanghai.
“O hashi, pauzinhos ou palitinhos são as varetas utilizadas como talheres nos países do Extremo Oriente, como a China, o Japão, o Vietnã e a Coreia. Os pauzinhos são usualmente feitos de madeira, bambu, marfim ou metal, e modernamente de plástico. O par de pauzinhos é tradicionalmente manuseado com a mão direita (embora atualmente seja aceitável manuseá-lo com a mão esquerda, entre o dedo polegar e os dedos anelar, médio e indicador, e serve para apanhar pedaços de comida ou empurrá-los diretamente da tigela para a boca. Há uma variante dos hashi japoneses denominada de saibashi (菜箸; o さいばし). Estes são uma versão dos hashi (箸) especificamente adaptada para o uso na cozinha e permitem a manipulação do alimento quente com uma só mão. Têm um comprimento de 30 centímetros ou mais, e são unidos com um cordão nas extremidades onde se lhes pega. A maioria dos saibashi são feitos de bambu, mas para fritar recomenda-se a utilização de Saibashi de metal com os punhos em bambu os quais são chamados de kinzokuseinohashi (金属製の箸, "hashi feitos de metal").”
História “A palavra em mandarim para os pauzinhos é 筷子 (kuàizi), em que o carácter 筷 significa "objetos de bambu para comer rapidamente". Sendo originários da China antiga foram no entanto profusamente utilizados em todo o leste asiático. Utensílios que se assemelham a pauzinhos foram encontrados no posto arqueológico de Megido em Israel, pertencendo aos citas, invasores de Canaã. Esta descoberta revela a possibilidade de existência de relacionamento comercial entre o Médio Oriente e o Extremo Oriente ou eventualmente o desenvolvimento dos mesmos utensílios em paralelo mas de modo autónomo. Os pauzinhos também eram artigos comuns na civilização uigur, das estepes da Mongólia durante os séculos VI ao VIII.”

China Art Gallery - Mobiliário Chinês

Mobiliário Chinês - uma arte que atingiu o apogeu no Séc. XVI~XVII com a elegância e harmonia dos artífices da Dinastia Ming... Como já referi em post anterior visitar a residência da família Yuen Ngai é como entrar num museu... a variedade de móveis tradicionais e de antiguidades chinesas fascinam-nos... Toda a família vem da tradição do fabrico de móveis tradicionais chineses e dois elementos dela fizeram fortuna em Macau, para onde fugiram atravessando o rio das Pérolas a nado (Porto Interior)... Mas visitar as oficinas de marcenaria de qualquer um dos tios e apreciar a arte de restauro ou de produção de móveis novos seguindo a traça dos modelos antiquíssimos em stock é de encantar... toda a técnica é mantida em rigor, todas as peças são encaixadas e fixadas com pregos de madeira... depois a arte de talhar a madeira por exímios artífices...
As primeira foto é de um modelo de cadeira que de lá recebi e serviu de decoração na China Art Gallery, que durante alguns anos esteve aberta em Águeda (C.C.Diana), tenho outros móveis adquiridos (por compra ou oferta)mas a dificuldade de transporte não proporcionou a sua vinda. Um pouco de história: “A fabricação de móveis na China teve sua evolução influenciada por diversas circunstâncias, como os diferentes estilos de vida, mudanças econômicas e culturais decorrentes das dinastias. Entre as notáveis contribuições recebidas dessa arte, destacam-se principalmente os móveis fabricados durante as dinastias Ming e Qing. Devido à estável situação política e econômica da Dinastia Ming, o comércio exterior se desenvolveu notavelmente, atingindo um grau incomum. Fez parte desse intenso intercâmbio econômico e cultural com países estrangeiros a importação de madeiras do sudeste da Ásia, as quais foram usadas para construir palácios, residências de nobres e belos jardins. Os móveis da Dinastia Ming tinham como principal característica o uso de madeiras nobres e altamente duráveis, com design simples e elegante onde, neste período, atingiram um alto nível de maestria.
Como na maioria das culturas asiáticas, o costume em todas as casas era ajoelhar-se ou sentar-se de pernas cruzadas no chão sobre esteiras trançadas. Ao redor do tapete, para se sentar, foram projetados vários modelos de móveis de madeira, como mesas para o colo e tábuas de corte, ambas com as pernas e superfícies encurtadas. Esses eram alguns dos padrões dos móveis baixos da antiga China. Durante o Período dos Reinos Combatentes foi criado o leito de chão, ancestral das camas chinesas. O design desses leitos deu origem às camas de chão muito apreciadas até hoje no oriente. As dinastias Sui e Tang foram um período de transição onde o estilo de vida dos chineses passou de se sentarem no chão para se sentarem em cadeiras altas. Móveis como cadeiras, banquetas e mesas altas apareceram no mercado de móveis e foram muito apreciados pelas classes altas da sociedade. Durante esse período, móveis tanto de alta quanto de baixa estatura estavam em moda na sociedade chinesa. Até a Dinastia Song, móveis como: camas, mesas, cadeiras e banquinhos com pernas longas também tinham se tornado populares entre os agricultores assim quase que extinguindo o antigo costume de se sentar no chão.”
No tempo dos Ming... “Os designers da dinastia Ming eram eruditos refinados. Com frequência, combinavam suas criativas ideias com o design, com resultados simples, mas atraentes. A estrutura dos móveis enfatiza a consistência da função e mostra preocupação estética, o que tem relação com a busca de um refinamento cultural. À primeira vista, o móvel parece insignificante, mas após uma inspeção mais profunda mostra um encanto único, que vale a pena apreciar. A característica mais destacada é o uso de linhas. Sob a premissa de cumprir diversas funções, as linhas aerodinâmicas formam o corpo. Mas não se trata de um só tipo de linha, pois os móveis de estilo Ming são uma adequada combinação de linhas curvas e retas, que conseguem tanto a ideia de movimento como a de unidade. Seus efeitos visuais fazem com que as pessoas percebam uma elegância natural e um design simples, o que está totalmente de acordo com o estilo minimalista. O uso das linhas vê-se refletido, por exemplo, no encosto de uma cadeira que adota principalmente uma curva em S, ajustada à curvatura natural do corpo humano; ou seja, é ergonômica. Em termos gerais, as linhas do móvel são como seus ossos. Suaves e bonitas, as linhas guardam proporção com a figura do ser humano. Uma mostra de que, com uma boa base e com modificações adequadas, a beleza pode ser eternizada. Em 2006, a técnica de fabricação dos móveis de estilo Ming foi incluída no primeiro grupo do patrimônio cultural intangível da China.” Fonte e fotos : Internet.