China Art Gallery - Carimbo Chinês

Na China uma assinatura sem carimbo não tem validade!... Hoje com a modernização da escrita por computador algo se modificou mas a autenticação de documentos sempre será com a aposição do carimbo pessoal ou da empresa ao lado da assinatura. Todo o artista pintor, escritor ou poeta assina a sua obra com a colocação do seu selo ao lado da assinatura... Antigamente os carimbos eram esculpidos em pedra, hoje utilizam-se outros materiais.

“Os carimbos eram entalhados à mão, como pequenas esculturas, em cobre para os comuns e em jade para os nobres e o Imperador. Hoje ainda existem os artesões que fazem carimbos na hora nos locais de turismo, mas no dia a dia, esses perderam a praticidade, nunca a utilidade! Um carimbo produz a mesma imagem tantas vezes quantas for utilizado e pode ser considerado o precursor de uma das quatro grandes invenções chinesas – a imprensa, as outras são: a bússola, a pólvora e a fabricação de papel.”

Quando cheguei à China na minha primeira viagem fui logo convidado a fazer o meu carimbo, escolhi então a peça onde as minhas iniciais iriam ser gravadas, no meu caso com um Coelho no topo, dado ser o meu animal do zodíaco chinês (ano 1951)... ao meu amigo António nascido em 1952, coube o Dragão! No dia seguinte fomos à livraria procurá-lo e obviamente compramos a tinta própria... História: Criação Em 221 aC, o Selo foi criado quando Qin Shi Huang destruiu o restante dos Reinos Combatentes e uniu a China sob a dinastia Qin. Shi Bi era uma famosa peça de pedra jade que antes pertencia ao estado de Zhao . Passando para as mãos do novo imperador da China , ordenou-lo feito em seu selo imperial. As palavras, "Tendo recebido o Mandato do Céu , pode (o imperador) levar uma vida longa e próspera." ( 受命於天 , 既壽永昌 ) foram escritos pelo primeiro-ministro Li Si , e esculpido para o selo pela Sun Shou. O selo foi esculpida em jade porque na China antiga, jade foi simbólica da beleza interior dentro de seres humanos. Muitos túmulos e enterros de China antiga continha jade decorativo, incluindo um terno jade enterro descoberto em 1968 que pertenceu a um príncipe Han, Liu Sheng . Durante a dinastia Han , o jade chinês foi associado com a imortalidade a um ponto de alguns indivíduos tentarem beber jade em forma líquida para ganhar a vida eterna. Esta associação complementa ainda mais a idéia do Mandato do Céu e por que o selo foi esculpido em jade, material mais valioso da China há milhares de anos. Propagação Com a morte do segundo imperador de Qin, seu sucessor Ziying ofereceu o selo para o novo imperador da dinastia Han , após o que ficou conhecido como o "Han herança Seal of the Realm". No final da ocidental Dinastia Han em 9 CE, Wang Mang , o novo governante, forçou a imperatriz viúva Han para entregar o Seal. A Imperatriz, com raiva, jogou o selo no chão, que lascou um canto. Mais tarde, Wang Mang ordenou que a esquina fosse restaurada com ouro. Este selo transmitida mesmo como dinastias aumentava e diminuía. Foi visto como um dispositivo de legitimação, sinalizando o mandato do céu. Durante os períodos de turbulência, tal como o período dos três reinos, o selo tornou-se o objecto de disputa e conflito armado. Regimes que possuíam o selo declararam-se, e muitas vezes é historicamente considerado como legítimo. No final da dinastia Han no 3º século EC, General Sun Jian encontrou o Selo imperial quando suas forças ocuparam a capital imperial Han em Luoyang , na sequência da campanha contra Dong Zhuo , dando-a seu chefe, senhor da guerra Yuan Shu . Yuan Shu em seguida, declarou-se imperador sob a dinastia Zhong curta duração em 197. Este ato irritou os senhores da guerra em todo o reino, incluindo os gostos de Cao Cao , Liu Bei e Lu Bu , levando a várias derrotas esmagadoras por cada exército. Quando Yuan Shu foi derrotado em 199 por Liu Bei, o Selo chegou às mãos de Cao Cao , cujo filho Cao Pi proclamou a Dinastia Wei como o Estado sucessor legítimo Han, em 220, em resposta aos estados estabelecidos de Shu Han e Wu Oriental . O selo permaneceu nas mãos da Dinastia Wei imperadores até o último imperador Cao Huan foi forçado a abdicar a favor de Sima Yan, passando o Selo de Cao para Sima, que institui a dinastia Jin em 265.

Perda O selo foi passada através da Dinastia Wei , Dinastia Jin , período de Dezesseis Reinos, período das Dinastias do Norte e do Sul, Dinastias Sui e Tang, mas foi perdido para a história nas Cinco Dinastias e período dos Dez Reinos (907-960). O destino do selo durante e após os cinco dinastias e período de dez reinos não é gravado - o tempo em que foi fisicamente perdido o controlo de um Emperor não é conhecido. Existem três teorias a respeito de quando, e como, ele estava perdido: 1. No final do Tang, quando o último imperador morreu por auto-imolação. 2. Em 946 dC, quando o imperador Taizong de Liao capturou o último imperador da Jin. 3. O selo foi para as mãos dos imperadores Yuan. Quando os exércitos Ming capturaram a capital Yuan em 1369, capturou apenas onze selos pessoais dos imperadores Yuan. O selo da herança não foi encontrado. Em 1370, os exércitos de Ming invadiu a Mongólia e capturou alguns tesouros levados pelo imperador Yuan. No entanto, mais uma vez o Selo da herança não foi encontrado. Até ao início da dinastia Ming , o selo era dado como perdido. Nem a Dinastia Ming nem a Qing tinham o selo da herança. Isso explica, em parte, a obsessão com a criação de numerosos selos imperiais - para uso oficial dos imperadores Qing, somente na Cidade Proibida , em Pequim existe uma coleção de 25 selos - a fim de reduzir o significado do selo da herança. Vários selos foram reivindicados como sendo o selo perdido da herança, mas nenhum se mantiveve sob escrutínio. Em pelo menos um caso, o selo em causa foi encontrada para ser um selo pessoal de um imperador, ao invés do Selo imperial da herança. Fonte: Wikipédia