domingo, 10 de maio de 2020

China Art Gallery - Jarras em Cloisonée

Cloisonné Chinês - Jarras em Cloisonné com a Flor Rainha das Flores - a Peónia... Flor “oficial” da China... quando se fala em flores logo surge a Peónia. A cidade de Luoyang, na provincia de Henan, é onde anualmente se realiza o festival desta flor...
Este par de Jarras foi adquirida numa das primeiras viagens à China, em Pequim na Friendship Store na Changan Av., ali há a garantia de não sermos enganados e os preços são fixos, não havendo lugar a regateios como acontece na Silk Street! Cloisonné ( do francês cloison, divisão), técnica de trabalho em esmalte na qual tiras finas de metal são coladas sobre uma superfície, formando um desenho composto por vários pequenos compartimentos preenchidos com pasta de esmalte vitrificado. A técnica do cloisonné é de origem bizantina e foi introduzida na China no século XIV. Sobre um objeto fabricado em metal, geralmente em cobre, aplicava-se um conjunto de finos fios dourados formando os contornos dos motivos desejados. Os favos, ou "cloisons", eram depois preenchidos com esmaltes coloridos, fortemente comprimidos e polidos até atingirem o acabamento desejado.
O cloisonné na China: Segundo a tradição, a tecnologia do trabalho de esmaltes foi importada – provavelmente do Médio Oriente – no século XIV, aquando da presença Mogol na China – a dinastia Yuan (1279-1368). Neste período chegaram muitos islâmicos à província de Yunnan (no sudoeste), de onde é proveniente o trabalho de cloisonné. Por outro lado, aquando da queda de Constantinopla, em 1453, vários artesãos bizantinos refugiaram-se na China, podendo estes ter também tido algum papel no desenvolvimento da técnica.
Em 1388, o letrado Cao Zhao no seu influente ‘Guia para o estudo das Antiguidades’ (Gegu Yaolun), desmereceu este tipo de trabalho, considerando-o estrangeiro e próprio dos apartamentos femininos. Poucos anos mais tarde, durante o reinado do culto imperador Xuande (1426-1435) da dinastia Ming, o cloisonné tornou-se muito apreciado, tendo sido largamente utilizado o novo corante vindo da Pérsia; o azul (à semelhança do que aconteceu com a porcelana). No reinado do sétimo imperador da dinastia Ming; Jingtai (1450-1457), o cloisonné atingiu tal popularidade que o trabalho é conhecido como ‘jingtailan’ juntando-se o nome do imperador ao da famosa cor (lan=azul). Em 1456, o letrado Wang Zuo refere os cloisonnés como sendo feitos por artesãos muçulmanos no sul da China, o que pode ajudar a esclarecer o facto de o cloisonné não ser tido como uma das artes tradicionais chinesas. São destes reinados as peças mais apreciadas. Uma técnica semelhante ao cloisonné foi utilizada desde a dinastia Ming na porcelana – a porcelana ‘fahua’. Wikipédia.

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